Castas Brancas
A casta Alvarinho é uma das mais notáveis castas brancas portuguesas. É uma casta muito antiga e de baixa produção que é sobretudo plantada na zona de Monção e Melgaço (região dos Vinhos Verdes). Esta casta é responsável pelo sucesso dos primeiros vinhos portugueses "monovarietais" (uma só casta), pois em Portugal os vinhos de lote (mistura de várias castas) são mais comuns. A casta Alvarinho produz vinhos bastante aromáticos e que atingem graduações alcoólicas elevadas conservando uma acidez muito equilibrada.
A casta Antão Vaz é oriunda da Vidigueira, no sul alentejano.
É uma casta bastante resistente à seca e às doenças. Apresenta cachos de tamanho médio com bagos pequenos e uniformes que são de cor verde amarelada e que no fim da maturação passam a ser de cor amarela. Os vinhos produzidos por esta casta são bastante aromáticos (predominam os aromas a frutos tropicais) e têm, geralmente, cor citrina.
A Arinto é uma casta muito versátil, por isso é cultivada em quase todas as regiões vinícolas. Na região dos Vinhos Verdes é conhecida por Pedernã. Contudo, é na região de Bucelas que esta casta ganha notoriedade, sendo considerada a casta "rainha" da região. O cacho da casta Arinto é grande, compacto e composto por bagos pequenos ou médios de cor amarelada. Esta casta é frequentemente utilizada na produção de vinhos de lote (mais do que uma casta) e também de vinho espumante. Na região de Bucelas, produz vinhos monovarietais (uma só casta) de elevada acidez, cor citrina e marcadamente florais e frutados (quando jovens).
A casta Bical é típica da região das Beiras, nomeadamente da zona da Bairrada e do Dão. A casta Bical atingiu o seu auge na época da revolução tecnológica na Bairrada, nos anos 80 e a par da casta Maria Gomes, é uma das mais importantes castas da região. Esta casta é de maturação precoce, por isso os seus bagos conservam bastante acidez. É muito resistente à podridão, contudo particularmente sensível ao oídio.
Os vinhos produzidos com esta casta são muito aromáticos, frescos e bem estruturados. Na Bairrada a casta Bical é muito utilizada na produção de espumante.
É uma casta fácil de cultivar, em termos de produtividade e de rendimento económico.
As suas características agradam os enólogos, pela gama de técnicas de vinificação a que se presta: não só a uma vasta gama de vinhos brancos, mas também delicados espumantes e até alguns vinhos brancos doces de muito sucesso, feitos com a ajuda da Podridão Nobre.
A casta Encruzado é exclusiva da zona do Dão, sendo utilizada na produção da maioria dos vinhos brancos através de vinhos de lote ou de vinhos monovarietais.
A casta Encruzado é bastante equilibrada em açúcar e acidez mas é sensível à podridão e a condições climatéricas desfavoráveis (chuva e vento).
Os vinhos compostos por esta casta são muito aromáticos e de sabor acentuado. Apresentam uma longevidade fora do comum, uma vez que podem conservar-se em garrafa durante muitos anos.
O Fernão Pires é uma das castas brancas mais plantadas em Portugal. É mais cultivada nas zonas do centro e sul, especialmente na zona da Bairrada (onde é conhecida por Maria Gomes), Estremadura, Ribatejo e Setúbal. A casta Fernão Pires tem uma maturação muito precoce, por isso é uma das primeiras castas portuguesas a ser vindimada. Além disso, sendo muito sensível às geadas, desenvolve-se melhor em solos férteis de clima temperado ou quente. Esta casta possui um bom teor alcoólico e uma acidez baixa ou média, por isso os vinhos produzidos ou misturados com esta casta têm intensos aromas florais.
A casta Gouveio é cultivada na região do Douro com bom amadurecimento e de boa produção. Apresenta cachos médios e compactos que produzem uvas pequenas de cor verde-amarelada. Os vinhos produzidos com Gouveio apresentam um excelente equilíbrio entre acidez e açúcar, caracterizando-se pela sua elevada graduação, boa estrutura e aromas intensos. Além disso, são vinhos que possuem excelentes condições para envelhecimento em garrafa.
A casta Loureiro é originária do vale do rio Lima e existe em quase toda a região dos Vinhos Verdes. Os cachos são grandes e não muito compactos, enquanto os bagos são médios e de cor amarelada ou esverdeada. A casta Loureiro produz vinhos de elevada acidez e com aromas florais e frutados muito acentuados. Apesar de produzir vinhos "monovarietais" (uma só casta) é frequentemente utilizada em vinhos de lote (mistura de castas), onde é normalmente combinada com as castas Trajadura e Arinto.
Esta é uma casta de origem duriense e que se estende por todo o Douro Superior.
Os seus vinhos apresentam uma acidez viva e bem equilibrada, boas graduações alcoólicas, frescura e estrutura, características que a elevaram ao estatuto de casta promissora no Douro. Apresenta cachos médios e bagos pequenos, de cor verde amarelada. Poderá, nas melhores localizações, ser vinificada em estreme, oferecendo notas aromáticas de acácia e flor de laranjeira, sensações vegetais e, tradicionalmente, uma mineralidade atrevida. Na boca, apresenta uma acidez mordaz e penetrante.
A uva Sauvignon é originária da região de Bordeaux, em França. É hoje plantada em muitas das regiões vinícolas mundiais, produzindo vinhos monovarietais atrevidos e frescos. Esta casta é também muito utilizada em vinhos de sobremesa como os Sauternes.
Os Sauvignon Blancs são vinhos ácidos, com aroma a Melão, Maçãs Verdes e Espargos.
A casta Viosinho é cultivada exclusivamente nas regiões do Douro e de Trás-os-Montes. É uma casta de boa qualidade e indicada para a produção de vinho tranquilo e de vinho do Porto mas tem uma produção fraca e por isso é pouco cultivada. A Viosinho apresenta cachos e bagos pequenos de maturação precoce e bastante sensíveis à podridão. Esta casta desenvolve-se melhor em solos pouco secos. A casta produz vinhos bem estruturados, frescos e de aromas florais complexos. Normalmente são também alcoólicos e capazes de permanecer em garrafa durante alguns anos.
A casta Fernão Pires | Maria Gomes proporciona vinhos brancos leves, frutados e perfumados cujo aroma faz lembrar o vinho moscatel. Os sabores de citrinos e os aromas florais são mais frescos quando é vindimada cedo para um consumo rápido. Também é utilizada em espumantes e pode, ocasionalmente, ser vindimada em colheita tardia para produzir vinhos doces.
É a casta branca mais cultivada em Portugal e é amplamente plantada por todo o país, em particular ao longo da costa ocidental, incluindo a Península de Setúbal, Tejo, Lisboa e Bairrada. Também é conhecida como Maria Gomes.